sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

pescadores

mãos as quantas, nem sei
desfiz-me surpreso
mãos
que apertam (surdas)
o peito, que ofuscam
nutrem-se dos ardores
mãos
ocas, que só passeiam
percorrem, oco do mundo
incontáveis
inconstância
ânsia, sentí
sentí calor, suor
um tão pecaminoso pavor:
amor!,
dias então
esses dias nossos tão iguais...

David Olivera

6 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Salvem um afogado na alma e no amor. rs
    Legal. Lembra, de certa forma, Marcos Colares.

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  3. As mão evidenciadas me trouxeram a lugar desconhecido. Parabéns! Continue a postar.

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  4. "incontáveis
    inconstância"

    Adooro jogo com palavras!!!

    Muito bom!

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  5. putz... muito boa, adorei!
    parabéns, David!
    o/

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